Um macho adulto pesa em média 300 kg, tem 1,10 m de altura na cernelha e 3,50 m de comprimento (incluindo a cauda). São caçadores
noturnos e apesar de seu grande tamanho, podem se aproximar de suas presas em completo silêncio, antes de se precipitar sobre elas a curta distância. Entre os carnívoros terrestres eles têm os maiores dentes que podem chegar a 10 cm e as maiores garras atingindo os 8 cm. A força da sua mordida é uma das mais fortes entre todos os felinos. Ele é um grande nadador, eles usam isso para se refrescarem. Já foram vistos tigres que nadaram mais de 5km. Alem disso são ágeis e velozes, capazes de andar em terrenos rochosos e subir em arvores com troncos grossos (apesar não subirem com freqüência, já que nunca tem motivos para isso). São caracterizados por suas listras, cada tigre possui um padrão, não existem dois tigres com o mesmo padrão, são como nossas digitais.
[editar]Subespécies

Gravura representando o
Esqueleto de um Tigre.
Há nove subespécies distintas de tigre, três das quais estão extintas. Ocupavam historicamente uma extensa área que englobava a
Rússia,
Sibéria,
Irã,
Cáucaso,
Afeganistão, antiga Ásia Central Soviética,
Índia,
China, todo o sudeste da
Ásia e
Indonésia (ilhas de
Sumatra,
Java e
Bali). Hoje em dia se encontram extintos em muitos países da Ásia. Estas são as subespécies sobreviventes, em ordem decrescente de população selvagem:
(Panthera tigris altaica)
Encontram-se em vales com encostas rochosas do rio Amur. Está agora confinado a uma pequena área no leste da
Rússia, onde é protegido. Antigamente habitava a
Coréia,
Manchúria (região nordeste da
China), sudeste da
Sibéria e leste da
Mongólia.
Desde os anos 1920 não são mais vistos na
Coréia do Sul. Em liberdade existem entre 300 a 500 indivíduos no momento, e muitas populações não são geneticamente viáveis, por estarem sujeitas a cruzamentos consanguíneos. É a maior das subespécies de tigre e o maior felino existente hoje em dia O tamanho é variável com a subespécie, pesando, na grande maioria das vezes, entre 250 e 330 kg, de forma que pode haver indivíduos menores e maiores que nesse intervalo de peso. Tem cerca de 2,40 m a 3,15 m de comprimento somados ainda com a cauda de 1,10 m ou 1,20 m. O maior exemplar já catalogado na natureza tinha 423 kg e o maior em cativeiro tinha 452 kg. A sua dieta é formada principalmente de suínos selvagens para a sua alimentação, mas após o declínio destas presas têm vindo a caçar veados. Podem ainda caçar outros mamíferos como ursos pardos mas seu espólio anual é de no máximo 11 % e caçam também aves, répteis e peixes.
Arrastam a carcaça de um alce de 900 kg para o lugar que mais lhe agrada. Diferentemente das outras subespécies de tigre, vive em uma área de clima frio formada por florestas boreais (de carvalhos e coníferas) e, por conta disso, tem uma pelagem mais clara e menos listras para poder se confundir com a o arvoredo seco de que se rodeia durante a
caça.
(Panthera tigris amoyensis
) - É a mais criticamente ameaçada das subespécies, caminhando rapidamente à extinção. Até o começo dosanos 1960 havia aproximadamente 4 000 tigres na China. Na época eram mais numerosos até que os tigres da Sibéria e de Bengala.
Em 1959
Mao Tse Tung, na época do "grande salto adiante", declara os tigres uma
praga. Seguiu-se então uma brutal perseguição aos tigres, reduzindo-os a 200 indivíduos em
1976. Há apenas 59 exemplares em cativeiro, todos na China, mas que descendem de somente 6 exemplares. A diversidade genética necessária para manter a espécie já não existe, indicando que uma possível extinção está próxima. Os tigre podem reproduzir-se de 8 a 12 crias por mãe e a sua gestação dura cerca de 17 meses. Ao nascer as crias podem ter 20cm de comprimento e 14cm de altura e 30kg. A idade media de um tigre é de 20 anos.

Panthera tigris tomando banho.
(
Panthera tigris sumatrae) - É encontrado somente na
ilha indonésia de
Sumatra. A população selvagem estimada é de 400 a 500 animais, presentes predominantemente nos cinco parques nacionais da ilha. Pesquisas genéticas recentes revelaram a presença de um marcador
genético único, indicando que pode-se desenvolver uma nova espécie, caso não se torne extinta. Isto sugere que o tigre de Sumatra deve ter uma enorme prioridade de conservação.
(
Panthera tigris tigris) - É encontrado nas florestas e savanas de
Bangladesh,
Butão,
Nepal,
Índia,
Myanmar. É o animal nacional da
Índia e de
Bangladesh. A população selvagem estimada desta subespécie é de 3000 a 4600 indivíduos, a maioria vivendo na
Índia e em
Bangladesh. No entanto muitos conservacionistas indianos, após algumas crises recentes como a de
Sariska, duvidam de tal número, achando que ele é otimista demais. Eles acreditam que o verdadeiro número do tigre de Bengala na Índia possa ser menor que 2000, já que muitas das estatísticas são baseadas em identificação de pegadas, o que muitas vezes gera um resultado distorcido. Nos últimos anos, técnicas mais confiáveis foram usadas(como a fotografia através de câmeras camufladas no ambiente selvagem) e mostraram que o verdadeiro número e cerca de 200 indivíduos. Sua dieta consiste em
gaurosa maior espécie de
bovídeo do
Subcontinente Indiano, várias espécies de cervos, javalis,
pítons em alguns casos chegam a alimentar-se de
crocodilos e em casos extremos
elefantes e
rinocerontes adultos, mas em sua maioria são filhotes. A gestação demora de 98 a 113 dias, e tem em média entre 1 a 3 filhotes. É um animal solitário, unindo-se a outro indivíduo apenas durante a época de acasalamento. Sua área de domínio vai de 44 km² (fêmea), até 52 km²(macho). O peso médio é entre 150 kg e 299kg, no entanto, o maior tigre de Bengala encontrado no ambiente selvagem pesava 389 kg.
(
Panthera tigris jacksoni) - Presente exclusivamente no sul da península malaia. Até
2004 não era considerada como uma subespécie de tigre. Até então era tido como parte da subespécie indochinesa. Tal classificação mudou em função de um estudo do Laboratório de Estudos da Diversidade Genômica, parte do Instituto Nacional do Câncer, EUA. Segundo estimativas a população de tigres malaios selvagens é de 600 a 800 indivíduos, sendo a maior população de tigres após o tigre de Bengala. É um ícone nacional na
Malásia, aparecendo no brasão e no logotipo de instituições do país, tais como o imalaia.
(
Panthera tigris balica) - Sua ocorrência era limitada à ilha de
Bali, na
Indonésia. Estes tigres foram caçados até a extinção. O último exemplar de tigre balinês deve ter sido morto em Sumbar Kima, oeste de Bali em
27 de setembrode
1937, e era uma fêmea adulta. Nenhum tigre balinês era mantido em cativeiro. De todas as subespécies era a menor de todas, chegando a pesar menos da metade dos tigres siberianos.
(
Panthera tigris sondaica) - Era limitado à ilha indonésia de
Java. Esta subespécie foi extinta na década de 1980, como resultado de caça e destruição de seu habitat. Mas a extinção desta subespécie tornou-se extremamente provável já na
década de 1950, quando havia menos de 25 animais em estado selvagem. O último animal selvagem foi avistado em
1979.
(
Panthera tigris virgata) - Tornou-se extinto na década de 1960, com o último sendo visto em
1961[1]. Era encontrado no
Afeganistão,
Irã,
Iraque,
Mongólia,
União Soviética e
Turquia. De todas as subespécies de tigre era a mais ocidental, sendo a subespécie utilizada no
coliseu de Roma. No começo do
século XX foi alvo de perseguição por parte do governo da
Rússia czarista (que acreditava não haver mais espaço para o tigre na região) por conta de um programa de colonização da área. Esta subespécie é dada como extinta, mas existem casos de registros visuais não confirmados.
[editar]Subespécies inválidas
Além das subespécies citadas acima, existem algumas subespécies que ainda não foram reconhecidas pela taxonomia.
- Tigre-coreano (Panthera tigris coreensis) - Habitava a Península da Coréia e sul da Manchúria, áreas das quais o tigre se encontra extinto desde meados do século XX. Considerado parte do tigre siberiano.
- Tigre-de-xinjiang (Panthera tigris lecoqi) - Estudado e classificado por Schwarz em 1916. É considerado parte do tigre do Cáspio. Vivia no noroeste da China, mais precisamente na província de Xinjiang.
- Tigre-do-turquestão (Panthera tigris trabata) - Tal como o tigre de Xinjiang foi estudado e classificado por Schwarz em 1916 e é considerado parte do tigre do Cáspio. Vivia em áreas dos atuais Cazaquistão, Uzbequistão, Quirguistão e Tajiquistão.
[editar]Outros tigres
Há outros animais, que receberam o nome de tigre mas que no entanto não estão relacionados com este felino.
[editar]O tigre na medicina chinesa
Uma das maiores ameaças a sobrevivência ao tigre hoje em dia vem da medicina tradicional chinesa. Cada parte tem uma utilidade médica de acordo com as superstições orientais:
- O rabo pode ser moído e misturado com sabão para ser aplicado como unguento para tratar de doenças de pele. Ainda os ossos da ponta do rabo são usados como amuletos para espantar maus espíritos.
- Sua pele é utilizada como tapete para curar uma febre causada por maus espíritos. Porém convém tomar muito cuidado: Caso a pessoa fique muito tempo sobre o tapete, pode se transformar em um tigre.
- Pode-se curar uma pessoa com indolência e acne misturando o cérebro com óleo e esfregando pelo corpo.
- Acrescentando-se mel aos cálculos biliares, pode-se aplicar sobre as mãos e os pés para curar abcessos.
- Os pelos queimados são utilizados para afastar centopéias.
- O osso moído, adicionado ao vinho, é um tônico tradicional em Taiwan.
- O globo ocular ingerido como se fosse uma pílula é utilizado para curar convulsões.
- Os bigodes são utilizados como amuleto para proteger contra balas de armas de fogo e para dar coragem a pessoa.
- Para impedir que uma criança tenha convulsões é só retirar os pequenos ossos das patas e amarrá-los nos punhos dela.
- Seu pênis é o principal ingrediente de uma sopa afrodisíaca muito apreciada em vários países do Oriente.
- As costelas são usadas como valiosos amuletos.
- Há quem acredite que comer o coração de um tigre ganhe coragem e força.
- Quem carregar uma pata no bolso terá coragem e ficará protegido contra eventuais sustos inesperados.
- Carregar a unha de um tigre dá boa-sorte.